Porque é que a maioria das doentes com fibromiomas uterinos e adenomiose não é tratada com a embolização uterina?

Sendo que:

1. A embolização uterina é um tratamento seguro e eficaz para tratar os sintomas das doentes com fibromiomas uterinos e adenomiose;
2. Não é uma cirurgia, trata-se de um tratamento minimamente invasivo, sem dor e que permite recuperação quase imediata;
3. Permite melhorar a função sexual, preservando o útero;
4. A embolização  não tem um impacto negativo no normal funcionamento do períneo (pavimento pélvico) que poderá ocorrer anos após a cirurgia e que poderá estar relacionado com incontinência urinária ou rectal muitos anos após o tratamento.

A questão que se coloca é: porque é que a maioria das doentes com fibromiomas uterinos e adenomiose não é tratada com a embolização uterina?

Isto deve-se ao facto de a esmagadora maioria das mulheres não ter acesso a informação sobre esta alternativa de tratamento médico.

A maioria das doentes com fibromiomas uterinos e adenomiose é seguida por um médico ginecologista ou por um médico de medicina geral e familiar.

Por variadas razões, quando aconselhadas pelos médicos destas especialidades, a embolização uterina não é referida como uma opção válida de tratamento.

Isto faz com que, apesar da embolização uterina ser considerada uma opção válida no tratamento das doentes com fibromiomas uterinos e adenomiose sintomáticos, na generalidade dos países menos de 5% destas mulheres optem pela embolização uterina.

Obviamente que a embolização uterina não é o melhor tratamento de todas as mulheres com fibromiomas uterinos e adenomiose. Contudo, é seguramente a melhor opção de tratamento em muito mais que 5% das mulheres afectadas por estas doenças.

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