Hemorróidas

O que são as hemorróidas?

As hemorróidas são almofadas vasculares que ficam anormalmente dilatadas ou distendidas. São dilatações anómalas dos plexos venosos localizados na parede da transição ano-rectal, entre a camada mucosa e a parede muscular do ânus (na camada submucosa).

Ao ficarem dilatadas, fazem procidência no interior (lúmen) do ânus. A teoria vascular das hemorróidas defende que estas almofadas vasculares (corpus cavernosum recti) são alimentadas por ramos da artéria rectal superior (superior rectal artery) e da artéria rectal média (middle rectal artery).

A porção terminal do tubo digestivo é o ânus, que se localiza no períneo. Acima do ânus a continuidade do tubo digestivo é assegurada pelo recto. A parede do ânus tem uma camda muscular exterior (esfíncter anal – internal/external anal sphincter).

O interior (lúmen ou cavidade) do ânus é revestido por uma camada denominada de mucosa.

A linha pectínea (dentada – pectinate line) é uma marca da camada mucosa visível por anuscopia (visualização do interior do ânus com um espéculo) e que separa a metade inferior do ânus da metade superior.

Esta linha pectínea separa as hemorroidas externas (que estão abaixo da linha), das internas (que estão acima da linha). ¹

hemorróidas

O que são as hemorróidas?

As hemorróidas são almofadas vasculares que ficam anormalmente dilatadas ou distendidas. São dilatações anómalas dos plexos venosos localizados na parede da transição ano-rectal, entre a camada mucosa e a parede muscular do ânus (na camada submucosa).

Ao ficarem dilatadas, fazem procidência no interior (lúmen) do ânus. A teoria vascular das hemorróidas defende que estas almofadas vasculares (corpus cavernosum recti) são alimentadas por ramos da artéria rectal superior (superior rectal artery) e da artéria rectal média (middle rectal artery).

A porção terminal do tubo digestivo é o ânus, que se localiza no períneo. Acima do ânus a continuidade do tubo digestivo é assegurada pelo recto. A parede do ânus tem uma camda muscular exterior (esfíncter anal – internal/external anal sphincter).

hemorróidas

O interior (lúmen ou cavidade) do ânus é revestido por uma camada denominada de mucosa.

A linha pectínea (dentada – pectinate line) é uma marca da camada mucosa visível por anuscopia (visualização do interior do ânus com um espéculo) e que separa a metade inferior do ânus da metade superior.

Esta linha pectínea separa as externas (que estão abaixo da linha), das internas (que estão acima da linha). ¹

Que tipos de hemorróidas existem?

As hemorróidas afectam mais de 50% das pessoas ao longo da sua vida e são a patologia ano-rectal mais frequente, levando a mais de 2.2 milhões de consultas médicas por ano. São mais frequentes a partir dos 60 anos de idade mas podem afectar os adultos e jovens de todas as idades.

As hemorróidas podem ser classificadas de internas (abaixo da linha pectínea) ou externa (acima da linha pectínea). Estas ao ficarem progressivamente mais dilatadas, fazem maior procidência no interior (lúmen) do ânus e podem levar ao prolapso para fora do ânus.

Com base na gravidade desse prolapso das hemorróidas para o exterior, são classificadas com Grau I-IV. Os sintomas e abordagem médica variam consoante a localização das hemorróidas (internas/externas) e gravidade das hemorróidas (grau I-IV). ²

Que tipos de hemorróidas existem?

As hemorróidas afectam mais de 50% das pessoas ao longo da sua vida e são a patologia ano-rectal mais frequente, levando a mais de 2.2 milhões de consultas médicas por ano. São mais frequentes a partir dos 60 anos de idade mas podem afectar os adultos e jovens de todas as idades.

As hemorróidas podem ser classificadas de internas (abaixo da linha pectínea) ou externa (acima da linha pectínea). Estas ao ficarem progressivamente mais dilatadas, fazem maior procidência no interior (lúmen) do ânus e podem levar ao prolapso para fora do ânus.

Com base na gravidade desse prolapso das hemorróidas para o exterior, são classificadas com Grau I-IV. Os sintomas e abordagem médica variam consoante a localização das hemorróidas (internas/externas) e gravidade das hemorróidas (grau I-IV). ²

Que sintomas podem as hemorróidas dar?

Aproximadamente 4 em cada 10 doentes com hemorróidas desenvolvem sintomas. O sintomas vão depender da gravidade das hemorróidas – Grau I-IV e localização das hemorróidas (internas/externas).

As hemorróidas Grau I não fazem procidência (sem prolapso) para o lúmen do ânus e são apenas detectáveis ao exame objectivo (anuscopia). Este tipo de hemorróidas podem dar sintomas como hemorragia, mas sem dor. A hemorragia das hemorróidas ocorre geralmente após evacuar, com sangue vivo – arterial – na sanita, em volta das fezes ou no papel higiénico (rectorragias).

Geralmente é auto-limitado, mas pode ser bastante intenso, embora indolor. É um processo tipicamente recorrente, mas que acaba por cessar espontaneamente. Contudo, as recidivas são frequentes.

hemorróidas

Nas hemorróidas Grau II existe um prolapso para o interior do canal anal após a defecação, que reduz espontaneamente. Também pode levar a rectorragias, prurido ou comichão e irritação perineal devido a um aumento das secreções mucosas anais.

Hemorróidas Grau III fazem prolapso para fora do canal anal após a defecação ou mesmo espontaneamente, mas são manualmente redutíveis. É frequente os doentes terem de reduzir manualmente estas hemorróidas várias vezes ao dia. Este tipo de hemorróidas pode levar a rectorragias, prurido, dor e incontinência/corrimento fecal-mucoso. É frequente, nestes casos mais graves de hemorróidas, a roupa interior ficar recorrentemente suja com as secreções mucosas anais.

No Grau IV de hemorróidas, existe um prolapso não redutível para o exterior do ânus, podendo levar a todos os sintomas descritos acima, com dor e desconforto severos e constantes.Todos estes sintomas descritos – hemorragia (rectorragia); prurido ou comichão perineal; dor e incontinência/corrimento fecal-mucoso têm uma apresentação crónica e insidiosa que vai progressivamente agravando com os anos. É típica uma evolução com crises agudas, com “fases” mais sintomáticas geralmente auto-limitadas (duram dias a 2 semanas), que alternam com fases menos sintomáticas. A hemorragia é geralmente o primeiro sintoma a aparecer, antes das hemorróidas começarem a prolapsar para o interior do ânus.

Nas fases agudas, principalmente com as externas, pode haver trombose aguda, levando a quadros de dor bastante intensa e com procidência de uma hemorróida trombosada no exterior do ânus.

Que sintomas podem as hemorróidas dar?

Aproximadamente 4 em cada 10 doentes com hemorróidas desenvolvem sintomas. O sintomas vão depender da gravidade das hemorróidas – Grau I-IV e localização das hemorróidas (internas/externas).

As hemorróidas Grau I não fazem procidência (sem prolapso) para o lúmen do ânus e são apenas detectáveis ao exame objectivo (anuscopia). Este tipo de hemorróidas podem dar sintomas como hemorragia, mas sem dor. A hemorragia das hemorróidas ocorre geralmente após evacuar, com sangue vivo – arterial – na sanita, em volta das fezes ou no papel higiénico (rectorragias).

Geralmente é auto-limitado, mas pode ser bastante intenso, embora indolor. É um processo tipicamente recorrente, mas que acaba por cessar espontaneamente. Contudo, as recidivas são frequentes.

hemorróidas

Nas hemorróidas Grau II existe um prolapso para o interior do canal anal após a defecação, que reduz espontaneamente. Também pode levar a rectorragias, prurido ou comichão e irritação perineal devido a um aumento das secreções mucosas anais.

Hemorróidas Grau III fazem prolapso para fora do canal anal após a defecação ou mesmo espontaneamente, mas são manualmente redutíveis. É frequente os doentes terem de reduzir manualmente estas hemorróidas várias vezes ao dia. Este tipo de hemorróidas pode levar a rectorragias, prurido, dor e incontinência/corrimento fecal-mucoso. É frequente, nestes casos mais graves de hemorróidas, a roupa interior ficar recorrentemente suja com as secreções mucosas anais.

No Grau IV de hemorróidas, existe um prolapso não redutível para o exterior do ânus, podendo levar a todos os sintomas descritos acima, com dor e desconforto severos e constantes.Todos estes sintomas descritos – hemorragia (rectorragia); prurido ou comichão perineal; dor e incontinência/corrimento fecal-mucoso têm uma apresentação crónica e insidiosa que vai progressivamente agravando com os anos. É típica uma evolução com crises agudas, com “fases” mais sintomáticas geralmente auto-limitadas (duram dias a 2 semanas), que alternam com fases menos sintomáticas. A hemorragia é geralmente o primeiro sintoma a aparecer, antes das hemorróidas começarem a prolapsar para o interior do ânus.

Nas fases agudas, principalmente com as externas, pode haver trombose aguda, levando a quadros de dor bastante intensa e com procidência de uma hemorróida trombosada no exterior do ânus.

Porque se formam e como evitar?

Não se sabe ao certo porque se formam as hemorróidas. Contudo existem alguns comportamentos de risco identificados. Passar muito tempo na sanita a tentar defecar e a realização de grande esforço durante a defecação são factores de elevado risco para o desenvolvimento de hemorróidas e devem ser evitados.

Outros factores de risco incluem adiar a defecação muito tempo, o que leva a uma distensão patológica da ampola rectal e aumento da pressão sobre o ânus. Desta forma, sempre que há vontade de evacuar, não se deve adiar muito tempo, nem levar demasiado tempo a defecar, nem realizar esforço ao evacuar.

A obesidade, aumento do volume abdominal, exercício físico muito intenso com aumento da pressão intra-abdominal também foram relacionados com o seu desenvolvimento. A diarreia e a obstipação são também factores de risco para o desenvolvimento de hemorróidas.

Estilos de vida saudáveis

As hemorróidas numa fase mais inicial podem ser geridas apenas com alteração dos hábitos de vida.

Evitar esforços que levam ao aumento da pressão intra-abdominal; ajustar a medicação com aumento da ingestão de água e dieta rica em fibras (vegetais e legumes), evitar bebidas alcoólicas em excesso, de forma a evitar a obstipação ou a diarreia.

É fundamental evitar esforços durante a defecação, bem como evitar contrariar a vontade de defecar ou adiar a defecação por muito tempo.

A higiene ano-rectal e perineal após defecação com banhos de assento tem mostrado superioridade à utilização de papel higiénico e/ou toalhetas húmidas. A prática de actividade física regular, evitando grandes tempos em pé ou sentados também é importante.

Porque se formam e como evitar?

Não se sabe ao certo porque se formam as hemorróidas. Contudo existem alguns comportamentos de risco identificados. Passar muito tempo na sanita a tentar defecar e a realização de grande esforço durante a defecação são factores de elevado risco para o desenvolvimento de hemorróidas e devem ser evitados.

Outros factores de risco incluem adiar a defecação muito tempo, o que leva a uma distensão patológica da ampola rectal e aumento da pressão sobre o ânus. Desta forma, sempre que há vontade de evacuar, não se deve adiar muito tempo, nem levar demasiado tempo a defecar, nem realizar esforço ao evacuar.

A obesidade, aumento do volume abdominal, exercício físico muito intenso com aumento da pressão intra-abdominal também foram relacionados com o seu desenvolvimento. A diarreia e a obstipação são também factores de risco para o desenvolvimento de hemorróidas.

Estilos de vida saudáveis

As hemorróidas numa fase mais inicial podem ser geridas apenas com alteração dos hábitos de vida.

Evitar esforços que levam ao aumento da pressão intra-abdominal; ajustar a medicação com aumento da ingestão de água e dieta rica em fibras (vegetais e legumes), evitar bebidas alcoólicas em excesso, de forma a evitar a obstipação ou a diarreia.

É fundamental evitar esforços durante a defecação, bem como evitar contrariar a vontade de defecar ou adiar a defecação por muito tempo.

A higiene ano-rectal e perineal após defecação com banhos de assento tem mostrado superioridade à utilização de papel higiénico e/ou toalhetas húmidas. A prática de actividade física regular, evitando grandes tempos em pé ou sentados também é importante.

  1. Panneau J, Mege D, Di Bisceglie M, et al. Rectal Artery Embolization for Hemorrhoidal Disease: Anatomy, Evaluation, and Treatment Techniques. Radiographics. 2022 Oct;42(6):1829-1844.
Davis BR, Lee-Kong SA, Migaly J, Feingold DL, Steele SR. The American Society of Colon and Rectal Surgeons Clinical Practice Guidelines for the Management of Hemorrhoids. Dis Colon Rectum. 2018 Mar;61(3):284-292.
  2. Hall JF. Modern Management of Hemorrhoidal Disease. Gastroenterol Clin North Am. 2013 Dec;42(4):759-72.

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