Varizes Pélvicas2022-12-14T14:35:11+01:00

Varizes Pélvicas

O que são?

As varizes pélvicas são veias dilatadas que surgem principalmente na mulher, afetando o útero, mas que também podem afetar as trompas de falópio ou os ovários. 

As varizes pélvicas não têm cura, mas os sintomas, se existirem, podem ser controlados com medicamentos, ou com a embolização.

O que são?

As varizes pélvicas são veias dilatadas que surgem principalmente na mulher, afetando o útero, mas que também podem afetar as trompas de falópio ou os ovários. 

As varizes pélvicas não têm cura, mas os sintomas, se existirem, podem ser controlados com medicamentos, ou com a embolização.

Porque é que se chama síndrome de congestão venosa pélvica às varizes pélvicas femininas?

Síndrome quer dizer que é um conjunto de sintomas, ou seja, queixas como dores e sinais, ou seja, algo objectivado ao exame objectivo como varizes vulvares ou vaginais. Denomina-se síndrome de congestão venosa pélvica pois traduz um conjunto de sintomas e sinais (como dor pélvica, dor durante o acto sexual, sensação de peso pélvico e varizes na vagina, vulva, coxas ou região glútea) associados à presença de veias dilatadas ou varicosas na região pélvica.

Estas veias dilatadas levam a que o sangue venoso se acumule na região pélvica levando à congestão venosa pélvica. Como a queixa dominante é a dor pélvica crónica de longa duração, a associação entre varizes e dor pélvica crónica/síndrome de congestão venosa pélvica foi feita em 1938.

Quais as causas?

As Varizes Pélvicas são frequentemente secundárias à dilatação e refluxo da veia ovárica esquerda.

As varizes na região pélvica podem surgir apenas por fatores genéticos, no entanto, são mais comuns após a gravidez, pois o corpo precisa dilatar as veias nessa região para transportar todo o sangue necessário para a gestação.

Além disso, as hormonas produzidas durante a gravidez também dilatam todas as veias do corpo da mulher.

As válvulas no interior das veias pélvicas deixam de funcionar e o sangue venoso acumula-se nas veias da pélvis, levando a estase e ectasia ou aumento do tamanho das veias da pélvis ou seja – varizes.

As causas da síndrome de congestão pélvica são multifactoriais.

Pode resultar de anomalias anatómicas obstrutivas, patologias que originem congestão venosa secundária, factores hereditários, hormonais, cirurgias pélvicas, antecedentes de varizes ou multiparidade.

A ausência de válvulas de veia ovárica, 15% à esquerda e 6% à direita, pode explicar a maior frequência das varizes pélvicas na dependência da veia ovárica esquerda em relação à direita, onde é rara.

Quais são as queixas associadas?

As varizes pélvicas normalmente não causam nenhum tipo de sintoma, no entanto, algumas mulheres podem apresentar:

  • Varizes visíveis na região da vagina, coxas ou na região glútea;
  • Dor abdominal;
  • Dor durante o contato íntimo;
  • Sensação de peso na região íntima;
  • Incontinência urinária;
  • Aumento da menstruação.

Os sintomas podem melhorar quando a mulher está sentada ou deitada, pois o sangue tem mais facilidade para voltar ao coração, no entanto, várias mulheres referem uma dor que está sempre presente.

Normalmente, o ginecologista faz o diagnóstico das varizes pélvicas através de exames como ecografia com doppler, tomografia abdominal ou pélvica e ressonância manética, por exemplo.

Como posso fazer o diagnóstico?

O diagnóstico de síndrome de congestão venosa pélvica não é fácil.

Observa-se geralmente em mulheres de meia idade, multíparas, com dor pélvica crónica, exacerbada pelos esforços e posição ortostática, por vezes associada a dor durante o acto sexual (dispareunia) ou durante a menstruação (dismenorreia), urgência na micção, sensação de peso no região pélvica e períneo.

Não existem sinais patognomónicos ou típicos de síndrome de congestão venosa pélvica e de varizes pélvicas, mas em alguns casos apresentam-se como varizes vaginais ou vulvares ou como recidiva de varizes dos membros inferiores depois da cirurgia.

A maior parte dos exames incluindo o ginecológico e os diversos exames de imagiologia podem ser negativos. O diagnóstico de varizes pode ser feito por ecografia ginecológica, ou por eco-Doppler ginecológico.

Por vezes, as varizes também podem ser evidentes em tomografia computorizada (TC) e ressonância magnética (RM).

Contudo, muitas mulheres podem ter dores crónicas e não terem varizes pélvicas ou o síndrome de congestão venosa pélvica.

Também é verdade que muitas mulheres podem ter varizes pélvicas, mas não terem quaisquer queixas (varizes sem síndrome de congestão venosa pélvica).

Existe, ainda, a hipótese de as mulheres terem varizes pélvicas de pequenas dimensões com muitas queixas de síndrome de congestão venosa pélvica (dores pélvicas e sensação de peso pélvico) e os exames de imagem serem negativos.

Nestes casos, muitas vezes recorre-se a laparoscopia para fazer o diagnóstico.

Contudo, a flebografia selectiva da veia ovárica (cateterismo feito antes da embolização), que é um exame relativamente simples, minimamente invasivo, efectuado em regime ambulatório, confirma ou exclui, com segurança, a possibilidade de a doente ter varizes pélvicas.

As varizes pélvicas são perigosas?

Normalmente não são perigosas, no entanto, existe um risco muito reduzido de formação de coágulos no interior dessas veias, que podem ser transportados até ao pulmão e causar uma embolia pulmonar, uma situação bastante grave que deve ser tratada o mais rápido possível no hospital.

Confira quais os sinais que podem indicar uma embolia pulmonar.

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