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Embolização das Varizes Pélvicas

Varizes do Útero: Ectasia Venosa Pélvica e os seus Sintomas

varizes útero

O que são as varizes no útero?

As varizes pélvicas são veias dilatadas que surgem principalmente na mulher, afetando o útero, mas que também podem afetar as trompas de falópio ou os ovários.

Daí que, varizes do útero ou ectasia venosa pélvica sejam termos frequentemente utilizados para falar do mesmo problema de saúde. As varizes pélvicas não têm cura, mas os sintomas, se existirem, podem ser controlados com medicamentos, ou com a embolização.

As varizes do útero ou ectasia venosa pélvica podem ser chamadas de síndrome de congestão venosa pélvica pois manifestam-se com dor pélvica, dor durante o acto sexual, sensação de peso pélvico e varizes na vagina, vulva, coxas ou região glútea, associados à presença de veias dilatadas ou varicosas na região pélvica. Estas veias dilatadas levam a que o sangue venoso se acumule na região pélvica levando à congestão venosa pélvica.

Como a queixa dominante é a dor pélvica crónica de longa duração, a associação entre varizes pélvicas, varizes do útero ou ectasia venosa pélvica e dor pélvica crónica/síndrome de congestão venosa pélvica foi feita em 1938.

As varizes do útero ou ectasia venosa pélvica são frequentemente secundárias à dilatação e refluxo da veia ovárica esquerda.  Estas podem surgir apenas por fatores genéticos, no entanto, são mais comuns após a gravidez, pois o corpo precisa dilatar as veias nessa região para transportar todo o sangue necessário para a gestação.

Além disso, as hormonas produzidas durante a gravidez também dilatam todas as veias do corpo da mulher. As válvulas no interior das veias pélvicas deixam de funcionar e o sangue venoso acumula-se nas veias da pélvis, levando a estase e ectasia ou aumento do tamanho das veias da pélvis ou seja – varizes do útero ou ectasia venosa pélvica.

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Como se manifestam?

Quando se manifestam clinicamente, as varizes do útero ou ectasia venosa pélvica originam um quadro de dor pélvica crónica.

Quando a dor pélvica crónica está associada a varizes varizes do útero ou ectasia venosa pélvica é feito o diagnóstico de síndrome de congestão venosa pélvica. Nestes casos o melhor tratamento é a embolização das varizes pélvicas.

As varizes do útero ou ectasia venosa pélvica ocorrem geralmente em mulheres de meia idade, multíparas, com dor pélvica crónica, exacerbada pelos esforços e posição ortostática, por vezes associada a dor durante o acto sexual (dispareunia) ou durante a menstruação (dismenorreia), urgência na micção, sensação de peso no região pélvica e períneo.

Não existem sinais patognomónicos ou típicos de varizes do útero ou ectasia venosa pélvica, mas em alguns casos apresentam-se como varizes vaginais ou vulvares ou como recidiva de varizes dos membros inferiores depois da cirurgia.

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O melhor tratamento para as varizes no útero

Muitas mulheres podem ter varizes do útero ou ectasia venosa pélvica, mas não terem quaisquer queixas (varizes do útero ou ectasia venosa pélvica sem síndrome de congestão venosa pélvica).

Existe, ainda, a hipótese de as mulheres terem varizes do útero ou ectasia venosa pélvica de pequenas dimensões com muitas queixas de síndrome de congestão venosa pélvica (dores pélvicas e sensação de peso pélvico) e os exames de imagem serem negativos.

Nestes casos, a flebografia selectiva da veia ovárica (cateterismo feito antes da embolização), que é um exame relativamente simples, minimamente invasivo, efectuado em regime ambulatório, confirma ou exclui, com segurança, a possibilidade de a doente ter varizes pélvicas.

O tratamento mais eficaz para as varizes do útero ou ectasia venosa pélvica é a embolização. A embolização das varizes pélvicas é um procedimento que consiste em inserir um cateter muito fino pela veia da virilha ou pescoço até ao local das varizes, onde, depois, é libertada uma substância que diminui as varizes e aumenta a força da parede das veias.

O tratamento por embolização é feito com uma flebografia que é uma técnica de radiologia de intervenção em que se introduz um cateter (pequeno tubo de plástico com 1 a 2mm) nas veias e se injecta contraste para estudar as veias pélvicas.

Permite não só diagnosticar a presença de varizes do útero ou ectasia venosa pélvica e de síndrome de congestão venosa pélvica, como permite ainda tratar na mesma sessão as varizes do útero ou ectasia venosa pélvica através da embolização.

A embolização é o nome que se dá ao tratamento com um cateter em que se provoca a obstrução ou entupimento das varizes do útero ou ectasia venosa pélvica. Com a embolização das varizes pélvicas, o cateter é avançado até às varizes do útero ou ectasia venosa pélvica que são ocluídas ou tapadas com material específico para este efeito.

A taxa de sucesso da embolização nas varizes no útero

A embolização das varizes do útero ou ectasia venosa pélvica no tratamento da síndrome de congestão venosa pélvica é muito segura, sem complicações associadas e com excelentes taxas de sucesso clínico. As taxas de sucesso clínico variam entre 96.7%-98%, com remissão completa dos  sintomas entre 57.9% e 58.5% das doentes e parcial em mais de 90% das doentes.

A dor pélvica crónica sem evidência de qualquer patologia é um problema ginecológico comum. A inespecificidade dos sintomas e a necessidade de recorrer a um exame invasivo para a confirmação diagnóstica fazem com que a síndrome de congestão venosa pélvica seja pouco diagnosticada.

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Mulheres com dor pélvica crónica e sem doença aparente podem ter síndrome de congestão venosa pélvica, particularmente quando exacerbada pela posição ostostática prolongada, pela marcha e por vezes associada a varizes vulvares e dos membros inferiores.

A embolização permite estabelecer o diagnóstico definitivo e tem a vantagem de permitir no mesmo procedimento a realização de embolização terapêutica.

Da nossa experiência embolização das varizes pélvicas na síndrome de congestão venosa pélvica é segura e eficaz, sendo necessário que os clínicos e os doentes sejam alertados para a existência desta síndrome de difícil diagnóstico, de forma a optimizar a abordagem diagnóstica e terapêutica.

Como podem causar dor durante o acto sexual e varizes vaginais e vulvares, o tratamento por embolização pode melhorar a função sexual e o prazer nas relações sexuais. Com a embolização das varizes pélvicas, a doente deixa de ter dores durante o acto sexual e as varizes vaginais e vulvares desaparecem, fazendo com que a doente tenha uma relação sexual mais satisfatória.

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      2023-01-13T10:08:53+00:00Janeiro 12th, 2023|Embolização das Varizes Pélvicas|
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