Embolização dos Miomas Uterinos
O que é a embolização dos miomas uterinos?
A embolização dos miomas uterinos foi iniciada em Paris, em 1995, por um grupo multidisciplinar de radiologistas de intervenção e ginecologistas que tinham experiência em Embolização Uterina para controlar a hemorragia após o parto.
Experimentaram utilizar a mesma técnica para tratar electivamente mulheres com miomas, com muitas queixas de hemorragia uterina. Em 1999 começamos a implementar esta técnica em Portugal, onde fomos pioneiros.
Somos o grupo a nível nacional com maior experiência em embolização uterina e temos das maiores casuístas publicadas a demonstrar a segurança e eficácia da embolização uterina para os miomas e mais recentemente para a adenomiose.
Publicamos as potencialidade em engravidar após este tratamento numa escala mundial. Trata-se de um tratamento não invasivo, guiado por imagem, realizado por radiologistas de intervenção. É realizado sob anestesia local, sem necessidade de bisturi, nem de incisão cirúrgica na pele.
Apenas é introduzido um pequeno tubo de plástico (catéter) numa artéria da virilha ou punho que guiamos por imagem até ao útero. No útero realizamos a embolização, ou seja, a obstrução das artérias que nutrem os miomas.
Trata-se de um tratamento muito simples e seguro, feito sem dor, em 30-60 minutos. As doentes entram de manhã e têm alta ao fim do dia, podendo retomar toda a vida normal e voltar ao trabalho após 3 a 5 dias.
Trata-se de uma alternativa à cirurgia muito útil pois as mulheres têm menos dores e a recuperação é muito mais rápida. Os riscos de complicações graves é inferior e a taxa de sucesso no tratamento das queixas é superior a 90%, próximo do da cirurgia.
Além disso, não são realizadas incisões ou cortes na pele, não é necessário o bisturi e não temos de “abrir” a barriga para remover o útero. Não é preciso anestesia geral e não há perdas de sangue com o tratamento.
Acima de tudo, com a Embolização, a mulher pode preservar o útero, sendo poupada a tratamentos mais invasivos com potencial para mais complicações e mais graves.
Desta forma, mulheres que queiram preservar o útero ou mulheres que queiram engravidar e que a cirurgia possível seja apenas a remoção de todo o útero (histerectomia), a embolização deverá ser fortemente considerada.
Apesar de todas estas vantagens da embolização uterina relativamente à cirurgia, menos de 7% das mulheres com adenomiose têm acesso à embolização uterina.
Isto deve-se ao facto de haver pouca informação e divulgação desta técnica em geral e porque, mesmo dentro da comunidade médica, muitas mulheres não têm acesso a uma consulta de radiologia de intervenção para avaliarem as hipóteses de poderem ser embolizadas em vez de serem operadas.
Como é a recuperação após a embolização uterina?
Após o tratamento por embolização, a maioria das doentes não tem qualquer dor. O recobro é feito numa sala próxima à sala de angiografia onde foi feita a embolização.
Se o acesso vascular para a colocação do cateter foi realizado no punho esquerdo, é colocada uma pulseira no final da embolização e poderá andar livremente no quarto enquanto recupera da intervenção.
Se o acesso vascular foi na virilha, é colocado um penso a virilha e terá de ficar em repouso na cama 4 horas até poder começar a andar novamente. A recuperação é feita num quarto durante 4 horas. Geralmente as doentes não têm dores e poderão ter alta do hospital no próprio dia.
Por vezes pode haver alguma dor ou náuseas e vómitos após a embolização, pelo que prescrevemos medicação para o efeito e geralmente não podem comer imediatamente após a embolização uterina.
Praticamente todos os doentes após a embolização têm alta do nosso hospital no mesmo dia da embolização e podem ir para casa pelo próprio pé. Nos dias seguintes à embolização uterina, poderá haver algumas dores e náuseas controladas com a medicação que prescrevemos.
O que acontece à adenomiose após a embolização uterina?
Após o tratamento por embolização, a maioria das doentes não tem qualquer dor. O recobro é feito numa sala próxima à sala de angiografia onde foi feita a embolização.
Se o acesso vascular para a colocação do cateter foi realizado no punho esquerdo, é colocada uma pulseira no final da embolização e poderá andar livremente no quarto enquanto recupera da intervenção.
Se o acesso vascular foi na virilha, é colocado um penso a virilha e terá de ficar em repouso na cama 4 horas até poder começar a andar novamente. A recuperação é feita num quarto durante 4 horas. Geralmente as doentes não têm dores e poderão ter alta do hospital no próprio dia.
Por vezes pode haver alguma dor ou náuseas e vómitos após a embolização, pelo que prescrevemos medicação para o efeito e geralmente não podem comer imediatamente após a embolização uterina.
Praticamente todos os doentes após a embolização têm alta do nosso hospital no mesmo dia da embolização e podem ir para casa pelo próprio pé. Nos dias seguintes à embolização uterina, poderá haver algumas dores e náuseas controladas com a medicação que prescrevemos.
O que esperar após a embolização uterina?
Após a embolização uterina a adenomiose regride parcialmente de tamanho. Ou seja, o espessamento da linha juncional detectado em RM fica menor. Com isto, o volume global do útero também reduz.
A embolização uterina dói?
Não. A embolização uterina é minimamente invasivo, indolor ou praticamente indolor e dura cerca de 30m. A doente sai do hospital pelo seu próprio pé no próprio dia até já pode regressar a casa de carro, comboio ou avião.
Algumas mulheres toleram tão bem a embolização uterina que estão no recobro “como se tivessem ido ao shopping comprar meias”, de tão confortáveis/bem que se sentem.
Contudo, nas horas a seguir à embolização poderão haver algumas queixas de dor ou náuseas e vómitos que controlamos com medicamentos que prescrevemos.
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