Testemunhos

Prof. Dr. Tiago Bilhim

Fernando Santos – Hiperplasia Benigna da Próstata – Embolização Prostática

Embolização da próstata hiperplasia benigna da próstata

Em 2016 ocorreu a primeira crise com retenção urinária durante várias horas sendo resolvida sem intervenção médica pelo que decidi consultar um urologista e foram realizados vários exames (TAC, Ecografia Prostática, Fluxometria).

Nessa altura foi constatado que a próstata estava bastante grande (121cc) e o fluxo já estava um pouco comprometido, sendo que apesar de alguma dificuldade para urinar passava ainda as noites tranquilo sendo os sintomas de HBP ligeiros decidi prosseguir sem tomar qualquer medicação.

Entretanto os sintomas foram-se agravando, e ultimamente demorava por vezes alguns minutos para urinar, havia uma sensação constante de bexiga cheia e necessidade de urinar outra vez num intervalo de 10 minutos mas apesar destes sintomas as noites eram bem passadas sem necessidade de me levantar frequentemente.

Todos os anos realizava análises gerais e era notório aumento do PSA-total indicando que a próstata continuava a crescer.

análise médica durante tratamentos de hiperplasia benigna da próstata

Passaram 5 anos desde a última TAC e Ecografia e decidi consultar o urologista para realizar o despiste do Cancro da próstata sendo que a HBP era apenas um incómodo não pretendia efetuar qualquer tratamento.

A consulta foi em Abril 2021, ao realizar a fluxometria tive de repetir pois o volume não atingia o mínimo de 150ml sendo que tive de beber mais 1 litro de água o que acabou por provocar retenção de urina tendo de ser assistido de urgência no Hospital tendo regressado a casa algaliado.

Fui a nova consulta de urologia e o médico confirmou que a situação era grave e necessitava de ser operado (remoção transuretal da próstata) ao qual recusei devido a todos os problemas associados com este tipo de operação e optei por medicação que era esperado atingir uma redução no espaço de 6 meses restando a incógnita de saber quanto tempo teria de usar a algália o que era muito limitativo para o meu estilo de vida (praticante de BTT e Windsurf).

Entretanto a minha esposa que também é adepta de medicinas alternativas e alimentação saudável viu uma palestra do Dr Peter Liu (Medicina Oriental) em que ele recomenda a Embolização da Próstata.

Realizei uma pesquisa na internet e descobri inúmeros estudos sobre o assunto e inúmeras referências a Portugal (Prof. Pisco) e aos enormes sucessos obtidos com a técnica de embolização.

Consultei novamente o meu Urologista e falei-lhe da embolização o que estranhamente causou uma reação inesperada começando por dizer que era uma técnica muito recente em fase experimental sem qualquer estudo científico sem grandes resultados com efeitos secundários etc. desaconselhou-me totalmente de realizar essa intervenção.

No entanto o meu ex-urologista (sim porque não será mais meu médico) esqueceu-se que actualmente (para o bem ou para o mal) pode-se pesquisar na internet sobre qualquer assunto e entretanto todas as informações que recolhi apontavam para o Dr. Bilhim e a equipa do HSt.Louis como uma referência a nível internacional no domínio da técnica de embolização da próstata.

Decidi agendar uma consulta com o Dr. Bilhim que prescreveu vários exames para confirmar a elegibilidade para a realização da intervenção e passado 1 semana fui operado (21Maio21).

tratamento por embolização em casos de hiperplasia benigna da próstata

Fui operado a uma 6ªfeira cerca das 9h30, por volta das 12h estava no quarto de recobro e ás 14h estava de regresso a casa. Durante a intervenção não senti nenhuma dor além do ligeiro incómodo do cateter e por vezes uma sensação de calor na zona pélvica.

Depois de passar o efeito da anestesia local sentia uma dor difusa um pouco forte na zona pélvica até adormecer e na manhã seguinte (sábado) a dor já se tinha atenuado bastante e apenas voltou a aumentar ao início da noite mas um pouco menos forte. No Domingo de manhã a dor evidenciava-se apenas por um ligeiro desconforto e nos dias seguintes cada vez menos desaparecendo no espaço de 2 ou 3 dias. (nunca foi necessário tomar qualquer analgésico para as dores)

A nível de efeitos secundários não houve febre, nem urina com sangue (estava ainda algaliado quando executei a intervenção e prolongou.se por mais 12 dias) nem inchaços na zona da incisão do cateter e a mobilidade era completa.

Passados 12 dias decidi retirar a algália pois ia de férias daí a 3 dias e não pretendia viajar com esse acessório. (também á mais de uma semana que não tomava qualquer medicação)

Sabia que ainda poderia ser um pouco cedo para tirar a algália pois é necessário algum tempo para se sentir melhorias significativas. Depois de retirar a algália inicialmente comecei a urinar fraco com algum ardor mas sem necessidade de fazer força e já não tinha a sensação de bexiga cheia, passado 2 ou 3 dias deixou de haver ardor ou qualquer outro sintoma.

evolução da hiperplasia benigna da próstata

Fui de férias e tudo correu normalmente, voltei e realizei os exames de aferição dos resultados.

Nesta altura (passado 1 mês) já me sentia perfeitamente bem sem aquele incómodo de sentir a próstata ao sentar, sensação de bexiga cheia ou qualquer dificuldade em urinar. Com base na minha memória aponto para uma regressão de 10 anos nos sintomas de HBP.

Ao fim de apenas 1 mês com os resultados dos exames confirmei que as minhas expectativas foram amplamente ultrapassadas: o PSA total (3,96) baixou para níveis abaixo do limiar de referência e a próstata reduziu 45% em relação ao valor antes da embolização (de 208 -> 114) estando abaixo do valor de á 5 anos atrás (2016).

Como nota de rodapé tenho a comentar a aversão dos Urologistas em relação á embolização que nem se pode considerar uma nova técnica dado que já faz parte integrante dos cuidados de saúde do SNS em alguns países.

Em primeiro lugar foi o Urologista (privado) que desaconselhou totalmente essa intervenção ao qual posso conceder o benefício da dúvida dado ser diplomado á cerca de 40 anos e estar muito enraizado em técnicas antigas e a consequente inércia para aceitar novas técnicas de tratamento. 

No segundo lugar foi o facto de um Urologista (cerca de 10 anos de experiência) de uma geração mais informada e aberta a novas técnicas mostrar tamanha repugnância pela embolização. Em abril quando recorri à urgência no Hospital por retenção urinária, o médico que me diagnosticou marcou uma consulta de urologia com caracter de urgência que apenas se realizou passado mais de 2 meses. Nessa altura já tinha passado um mês depois da embolização e com excelentes resultados, no entanto decidi manter a consulta pois julgava eu que era interesse dos Urologistas (não querendo generalizar) estarem a par da evolução de doentes que optam por outras técnicas inovadoras para mesmo no futuro poderem aconselhar e providenciar melhores cuidados de saúde aos seus pacientes.

Para meu espanto quando lhe falei da embolização a sua postura modificou-se totalmente dizendo que se estava curado nem sequer devia ter ido á consulta que não queria sequer saber disso e ao pedir-lhe para me passar exames (PSA, Ecografia, Fluxometria) recusou-se e disse que não tinha protocolo definido para isso e assim acabou a minha consulta. Apenas tenho a comentar que este episódio apenas revela uma extrema falta de caracter de um profissional de saúde que parece ter como única motivação manter os pacientes doentes para continuarem a necessitar de medicação e consultas amiúde tirando benefícios materiais de toda esta situação em detrimento da saúde e bem-estar dos seus pacientes.

Esta situação faz-me lembrar uma história que o meu avô contava já á mais de 50 anos sobre o médico e a carraça:

Um médico de província muito conceituado tinha um filho que também se formou médico e foi trabalhar no consultório do pai, um dia estando o pai ausente e aparecendo um paciente do pai com uma dor num ouvido solicitando desesperadamente para que o observassem o jovem médico acedeu e ao consultar o paciente retirou-lhe uma carraça do ouvido e o paciente lá foi embora agradecido mais uma vez por lhe terem aliviado essa dor que há anos o atormentava por vezes.

No fim do dia o filho orgulhoso comentou com o pai que tinha resolvido definitivamente o problema de um paciente habitual do pai ao retirar-lhe uma carraça do ouvido e então o pai pergunta-lhe: e agora filho se curaste o homem vais viver do quê?

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