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Embolização Uterina

Quais são os sintomas de um mioma uterino, e como o podemos tratar?

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O que são miomas uterinos?

Os miomas uterinos, também conhecidos como fibromiomas ou fibroleiomiomas uterinos são tumores benignos do útero. Os miomas são neoplasias benignas do útero, ou seja, não são tumores/neoplasias malignas nem cancro.

Desta forma, a remoção cirúrgica do mioma ou do útero poderá não ser necessária, uma vez que não existe o risco de o tumor se disseminar para outras áreas do corpo humano.

Contudo, os miomas, mesmo sendo tumores benignos, podem crescer de tamanho e dar sintomas pelo que devem ser detectados, controlados e vigiados e, em algumas situações, tratados. O risco de um mioma uterino ser maligno ou cancro é muito baixo (1/400 ou 0.25%).

Como o curso natural dos miomas uterinos envolve crescimento e regressão, o aumento dimensional de um mioma não deve, por si só, ser uma indicação para remoção cirúrgica.

Como se formam?

Os miomas uterinos são neoplasias benignas comuns, mais prevalentes nas mulheres a partir dos 30 anos ou de descendência Africana. Geralmente são detectados a partir dos 30 anos e devem ser vigiados até aos 50 anos ou até à menopausa.

Uma vez que os miomas são tumores dependentes do estímulo hormonal, após a menopausa deixam de dar sintomas e deixam de ser problemáticos. Os miomas uterinos nas senhoras pós-menopáusicas não necessitam de vigilância específica e não crescem, nem dão sintomas.

Os miomas uterinos são o tumor benigno mais comum nas mulheres em idade reprodutiva, podendo ser detectados em até 80% das senhoras aos 50 anos de idade.

Como podemos prevenir o aparecimento de miomas uterinos?

Os miomas originam-se no tecido muscular liso da parede uterina (miométrio) e o crescimento é dependente do estímulo hormonal de estrogénios e progesterona.

Desta forma, apenas causam sintomas e devem ser tratados nas senhoras em idade fértil, deixando de ter que ser vigiados após a menopausa. Os miomas uterinos geralmente reduzem de tamanho e podem calcificar após a menopausa.

Factores de risco para desenvolver miomas uterinos:

  • idade acima dos 40 anos (risco aumenta com o aumento da idade);
  • descendência Africana;
  • antecedentes familiares de miomas;
  • obesidade;
  • nulíparas;
  • menarca precoce (abaixo dos 10 anos).

São factores protectores de desenvolver miomas uterinos:

  • uso de pílulas;
  • multíparas;
  • fumar tabaco;
  • menarca acima dos 16 anos.

Quais são os sintomas dos miomas uterinos?

Frequentemente os miomas uterinos são descobertos incidentalmente em exames ecográficos de rotina. Contudo, também podem ser diagnosticados por darem:

  • sintomas como hemorragia uterina anómala (HUA);
  • dores pélvicas e lombares;
  • dores durante o acto sexual;
  • aumento do volume abdominal e sintomas compressivos pélvicos (obstipação por compressão do recto, frequência e urgência ou mesmo retenção urinária por compressão vesical).

Os miomas também podem levar a infertilidade. Pensa-se que apenas 20%-50% das senhoras com miomas uterinos é que desenvolvem sintomas, sendo que os restantes 50%-80% das senhoras não têm sintomas.

A maioria dos miomas uterinos é diagnosticado por ecografia. A Ressonância Magnética (RM) pode também ser útil para confirmar o diagnóstico ou planear o tratamento em situações específicas.

Qual deve ser o primeiro plano de ação no seu tratamento?

Os miomas assintomáticos não requerem tratamento específico e podem ser vigiados até à menopausa. Após a menopausa, não é necessário vigiar os miomas uterinos. O tratamento dos miomas deve ser efectuado nas senhoras em idade fértil, quando são sintomáticos ou se estiverem a crescer rapidamente.

A escolha do tratamento mais adequado deve ser equacionada com base na idade da doente, planos futuros de fertilidade, sintomas, tamanho e localização dos miomas, acesso local aos cuidados de saúde e experiência local das equipes médicas.

A primeira linha de tratamento deve ser médica como pílulas contraceptivas, ácido tranexâmico, e analgésicos anti-inflamatórios não esteroides. Tratamentos hormonais específicos poderão ser equacionados em algumas situações.

Se não funcionar, que outras opções existem?

Frequentemente, os tratamentos médicos não são suficientes para aliviar os sintomas secundários aos miomas uterinos, sendo necessárias outras opções de tratamento mais invasivas.

Os tratamentos invasivos dos miomas uterinos podem ser divididos em dois grupos:

  1. cirúrgicos, incluindo a remoção cirúrgica do útero (histerectomia) ou a remoção cirúrgica dos miomas (miomectomia);
  2. não cirúrgicos, minimamente invasivos, incluindo a embolização uterina e a ablação por ultrassons focados guiada por RM.

Estes tratamentos também podem ser divididos em:

  1. tratamentos preservadores do útero, incluindo a miomectomia, embolização uterina e a ablação por ultrassons focados guiada por RM;
  2. tratamentos não preservadores do útero, incluindo a histerectomia.
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– Algoritmo de tratamento dos miomas uterinos

Fonte

De La Cruz MS, Buchanan EM. Uterine Fibroids: Diagnosis and Treatment. Am Fam Physician. 2017 Jan 15;95(2):100-107.

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    2024-11-12T12:07:40+01:00
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