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Embolização Uterina
Dor durante o ato sexual nas mulheres – Quais as principais causas e soluções
Até 40% das mulheres podem ter dores durante o ato sexual. Estas queixas denominam-se dispareunia e podem ser causadas por problemas de saúde das estruturas mais superficiais como a abertura vaginal ou vulva. As dores durante o ato sexual também se podem dever a problemas nas estruturas mais profundas; dentro da pelve. As infeções e/ou aderências dos órgãos no interior da pelve, como o útero, ovários e trompas uterinas podem levar a este quadro doloroso. Outras causas incluem a endometriose (implantes anómalos de endométrio fora do útero) ou tumores pélvicos. Os miomas (tumores benignos uterinos) também podem dar estas queixas.
Não deve ter receio em assumir este problema e procurar assistência médica, pois frequentemente existem causas que podem ser tratadas! O exame objetivo e o recurso às técnicas de imagem de diagnóstico e terapêutica podem ajudar a identificar causas potencialmente tratáveis.
Dentro das várias causas de dores durante o ato sexual nas mulheres, estas podem ser agrupadas em problemas de vagina, colo uterino, corpo do útero ou mesmo da região pélvica. Infelizmente as dores durante o ato sexual são um sintoma pouco específico, ou seja, podem ter muitas causas diferentes. Desta forma, pode ser muito difícil identificar o problema concreto ou doença que causa estas dores. Além disso, podem existir muitas doenças pélvicas femininas que podem não ser a causa da dor. Ou seja, pode ser feito um tratamento para uma determinada doença da doente que afinal não trata as dores porque a causa seria outra. Desta forma, a avaliação destas doentes deve ser exaustiva e multidisciplinar com recurso aos médicos de família, ginecologistas e radiologistas de intervenção, uma vez que existem muitas causas potencialmente tratáveis de dores pélvicas que os radiologistas de intervenção conhecem e sabem tratar de forma diferenciada.
As dores pélvicas e durante o ato sexual como único sintoma são pouco esclarecedoras, pelo que muitas vezes procuramos mais informação como:
- História familiar e antecedentes pessoais relevantes;
- Alterações ao exame objetivo;
- Antecedentes de varizes dos membros inferiores ou na região pélvica;
- Gravidezes e partos prévios.
Sintomas associados que possam ser relevantes na avaliação destas doentes:
- Hemorragias uterinas abundantes ou irregulares;
- Aumento das dimensões do abdómen.
Posteriormente são avaliados exames de imagem que frequentemente ajudam a esclarecer o diagnóstico, ou seja, a doença que possa causar estas dores. Geralmente é efetuada uma ecografia ginecológica e/ou uma ressonância magnética pélvica.
Dentro das causas mais frequentes de dores pélvicas e que possam ser tratadas por embolização por radiologistas de intervenção destacamos: miomas uterinos, adenomiose e varizes pélvicas (também conhecido como síndrome de congestão venosa pélvica).
Estas 3 doenças são algumas das causas mais frequentes de dores pélvicas e durante o ato sexual nas doentes em idade fértil, ou seja, durante a idade adulta até à menopausa.
Os fibromiomas uterinos e a adenomiose uterina podem ser tratados por embolização uterina, enquanto as varizes pélvicas podem ser tratadas também por embolização.
A embolização uterina melhora a função sexual feminina e a qualidade de vida. Um estudo Europeu de 2017 (EFUZEN) provou que a embolização uterina melhora de forma significativa todos os aspetos da função sexual feminina e a qualidade de vida das mulheres tratadas. No total, 264 mulheres foram tratadas por embolização uterina por terem fibromiomas uterinos e/ou adenomiose sintomáticos. Todas as mulheres realizaram uma Ressonância Magnética (RM) antes e 6 meses após a embolização uterina. Um ano após a embolização uterina, 79% das mulheres tiveram uma melhoria significativa da função sexual e mais de 90% tiveram uma melhoria significativa da qualidade de vida. Relativamente aos restantes sintomas como hemorragia uterina anómala, aumento abdominal ou dores pélvicas, 85% das doentes tratadas referiu ter tido uma franca melhoria das queixas.
A RM após a embolização uterina permitiu ver a resposta ao tratamento, redução nas dimensões dos miomas e do volume do útero e desta forma predizer os resultados clínicos a médio e longo prazo. Estes achados são pertinentes porque raramente a classe médica se preocupa com a qualidade de vida ou função sexual, aspetos fundamentais para quem procura assistência médica. Neste estudo ficou provada a estreita relação entre os fibromiomas uterinos, adenomiose e a disfunção sexual/qualidade de vida das mulheres. Além disso, ficou provado que a embolização uterina permite tratar os fibromiomas/adenomiose, melhorando de forma categórica todos os aspetos da função sexual e a qualidade de vida das mulheres.
O útero não precisa de ser visto meramente como um órgão para a reprodução que pode ser removido quando já não se deseja ter filhos. A embolização uterina permite tratar doenças uterinas e preservar a integridade corporal e uterina e, desta forma, melhorar a qualidade de vida das mulheres, preservando a feminidade.
Para saber mais sobre fibromiomas uterinos, adenomiose ou varizes pélvicas, tratamentos preservadores da função sexual, embolização e tratamentos minimamente invasivos, preencha o formulário abaixo e entre em contacto!
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