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Embolização Prostática
Embolização prostática – Tratamento Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP)
O que é a embolização das artérias prostáticas?
A embolização da artéria prostática é um procedimento não cirúrgico, minimamente invasivo, realizado por um médico especialista em radiologia de Intervenção. Consiste em libertar esferas microscópicas nas artérias que suprimem a glândula prostática, bloqueando parcialmente de forma permanente o fluxo sanguíneo nesta região, de forma a diminuir o tamanho da mesma.
É uma alternativa à ressecção transuretral da próstata em casos de Hiperplasia Benigna Prostática (HBP).
Em que casos é realizada a embolização das artérias prostáticas?
É realizada em homens com próstata de dimensões aumentadas, por hiperplasia benigna prostática, com sintomas associados.
A hiperplasia prostática benigna é uma condição frequente que afeta os homens, especialmente com o aumento da idade. Consiste na proliferação de músculo liso e células epiteliais dentro da zona de transição prostática, porção que circunda a uretra proximal, condicionado constrição na abertura da uretra.
Aos 50 anos, até cerca de 50% dos homens podem ter HBP diagnosticada por histologia, com aumento da prevalência para 90% aos 90 anos.
Os sintomas do trato urinário inferior incluem:
- urgência miccional;
- noctúria;
- frequência urinária;
- disúria;
- dificuldade em esvaziar a bexiga;
- dificuldade em iniciar a micção;
- fraqueza ou interrupção do fluxo durante a micção.
Os sintomas agravam-se com a idade, podendo tornar-se suficientemente severos para alterar negativamente a qualidade de vida dos homens afetados, originando preocupações constantes com o sono, mobilidade, lazer, atividades da vida diária e atividades sexuais.
Os tratamentos médicos e cirúrgicos comumente usados para o tratamento do aumento da próstata podem causar disfunção sexual grave e ejaculação retrógrada. A embolização é uma alternativa a estes tratamentos, segura, e merece ser considerada.
Que exames são realizados antes do procedimento?
Antes do procedimento, os doentes realizam uma Ressonância Magnética (RM) com o objetivo de avaliar adequadamente as dimensões da próstata, excluir possíveis focos de neoplasia e avaliar a anatomia das artérias prostáticas, que é variável entre doentes.
Quando não há possibilidade de realizar a RM previamente ao procedimento, é realizado, já na sala de intervenção, uma Tomografia Computorizada de Feixe Cónico (Cone-beam CT), de forma a realizar o mapeamento das artérias prostáticas.
Quem realiza a embolização das artérias prostáticas?
Este procedimento é realizado por uma equipa de médicos especialistas em Radiologia de Intervenção, que se especializaram no uso de aparelhos de Raio-X digital sofisticados.
O que acontece durante o procedimento?
Enquanto o paciente está deitado numa mesa de Raio-X, num ambiente completamente esterilizado, na sala de Angiografia, o Radiologista de Intervenção anestesia a região da virilha ou do pulso com anestesia local. Não sendo um procedimento doloroso, não é necessária anestesia geral.
Após anestesiar a pele, insere uma agulha na artéria e, através desta, introduz na artéria um fio-guia e um cateter.
Durante o procedimento, é injetado produto de contraste no cateter e, através da leitura das imagens no equipamento de raios-X, que são adquiridas continuamente em tempo real, o Radiologista de Intervenção move o fio guia e o cateter dentro das artérias, até chegar à posição correta, dentro das artérias que alimentam a próstata. Quando atingem estas pequenas artérias, é então injetado um líquido que contém milhares de partículas embolizantes minúsculas, obstruindo as artérias e bloqueando o suprimento sanguíneo da próstata.
Ambas as artérias prostáticas (direita e esquerda) devem ser bloqueadas para que o procedimento seja eficaz.
Após estar concluído, o cateter é retirado e é feita compressão no local da punção da pele por vários minutos, para evitar sangramentos. Quando a punção é realizada no pulso, pode ser colocado um penso de compressão radial.
Quanto tempo dura o procedimento?
Trata-se de um procedimento realizado em ambulatório, que dura em média cerca de 60 minutos. Após terminar, o paciente fica em observação nas nossas instalações, durante cerca de 4 a 6 horas, onde são realizadas observações de rotina e vigilância, para despiste de efeitos indesejáveis. Após este período, a maioria dos pacientes pode ir para casa. A recuperação normalmente leva apenas alguns dias em casa, antes que possa retornar ao trabalho e outras atividades de rotina. São prescritos anti-inflamatórios e um antibiótico, para prevenir infeções urinárias, recorrendo-se a analgésicos apenas se necessário.
Riscos e complicações do procedimento?
A embolização prostática é um procedimento considerado seguro, especialmente quando realizado por especialistas com bastante experiência. A nossa equipa realiza este procedimento há mais de 10 anos, com mais de 1600 doentes tratados eficazmente e sem complicações.
Existem, contudo, alguns riscos, apesar de raros, como acontece com qualquer tratamento médico.
Ocasionalmente, pode desenvolver-se um pequeno hematoma no local da punção da pele. Nos dois primeiros dias após o procedimento, pode também ocorrer algum ardor ao urinar e vontade de urinar várias vezes, com sensação de esvaziamento incompleto da bexiga. Raramente poderá ser notada a presença de algum sangue na urina, esperma ou fezes, transitório.
O que esperar do procedimento?
O objetivo do tratamento é o alívio dos sintomas das vias urinárias nos doentes com Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP).
Na grande maioria dos pacientes, tal acontece pela redução progressiva das dimensões da glândula prostática.
Excecionalmente, em doentes já submetidos a terapêutica medicamentosa com redução do volume previamente à embolização, pode ocorrer alívio sintomático sem alteração da dimensão.
A redução das dimensões da próstata não tem nenhum impacto negativo na função sexual; pelo contrário, alguns doentes experimentam uma melhoria na sua função sexual após o procedimento.
Muitos dos nossos pacientes acabam por referir melhorias imediatas dos seus sintomas, sem necessidade de cirurgia nem os riscos inerentes.
Há contra-indicações para a realização deste procedimento?
Sim. Não deve ser realizada em casos em que a mulher está grávida, quando existe possibilidade de a mulher ter uma neoplasia pélvica, em casos de infecção pélvica activa ou recente. Mulheres com insuficiência renal ou alergia ao produto de contraste iodado não podem realizar este procedimento.
Qual é o seguimento após o procedimento?
É realizada uma ressonância magnética 6 meses após o procedimento para monitorizar a evolução das alterações dos fibromiomas e do útero.
O que esperar do procedimento?
A embolização das artérias uterinas tem como objetivo o alívio sintomático, com retoma de ciclos regulares e da fertilidade.
O alívio dos sintomas relacionados com o volume dos fibromiomas geralmente demora duas a três semanas para ser percetível e, ao longo de um período de meses, os miomas continuam a encolher. A maioria das mulheres obtém alívio significativo dos sintomas nos primeiros três meses após o tratamento. A mulher pode notar a expulsão do fibromioma pela vagina.
Também afeta o período menstrual, que se torna menos abundante logo no primeiro ciclo e pode ter um impacto positivo na fertilidade.
Um pequeno número de mulheres entra na menopausa após o procedimento. O risco parece ser maior entre mulheres com 45 anos ou mais.
A recuperação normalmente leva apenas alguns dias em casa, antes que possa retornar ao trabalho e outras atividades de rotina.
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